• ¡Acredite!

    ¿Consegue recordar todas as alturas em que o destino lhe reservou algo que antes lhe soaria a impossível de acreditar, ou simplesmente prefere viver a passagem dos dias fazendo contas ao que não tem? ¿Quantas vezes o que lhe aconteceu foi contra todas as probabilidades e contra a opinião dominante?

    ¿Independentemente daquilo em que acredita, quantos “milagres” já viu provados? ¿Quantas pessoas superaram cancros terminais ou conseguiram voltar a andar depois de décadas ou acordar de comas mais longos do que muitas vidas?



    Os médicos têm uma verdade que seguem fielmente, os curandeiros têm outra e há tantos seres com verdades absolutamente verdadeiras e não totalmente contraditórias, que talvez seja mais produtivo produzir a sua verdade.  ¿Afinal, se gosta tanto de destacar e preservar a sua individualidade nas suas opiniões e ações, porque é que nas coisas que lhe são realmente importantes põe toda a sua verdade na verdade que vem do exterior?

    Não estou a recomendar que descure as informações que lhe são oferecidas, pois um médico terá sempre mais conhecimentos do que você em determinadas questões. Também não defendo que se atire de um prédio de sete andares porque a força da sua mente lhe grita que conseguirá voar. Não foi criado para voar e se um dia tal feito acontecer, será apenas devido a ajudas exteriores. Mas foi criado para ter saúde, tal como felicidade, portanto faz parte dos seus direitos e deveres, pelo menos, lutar por ela com todas as forças, especialmente com as existentes dentro de si.

    E se em algum momento considerar que lutar está a prejudicá-lo mais do que a resignação, aprenda a viver feliz com SCI.

    Créditos: prozac1 / FreeDigitalPhotos.net
    Em muitas áreas da vida, descobri que aquilo pelo que queremos lutar, não raras vezes só chega quando desistimos de o fazer e aceitamos o presente com felicidade. Com o SCI não foi diferente.

    A maior piada foi ter descoberto que estava curada quando simplesmente parei para constatar que alimentos que frequentemente me provocariam crises de SCI horríveis, como leite, já podiam ser consumidos sem receios.

    Os médicos sempre dizem que a doença é crónica e que poderá voltar a manifestar-se. Não posso negar esta informação, mas a minha experiência até ao momento tem-me provado o oposto: mesmo em épocas de stress emocional, os problemas digestivos que sempre tive não se assemelham a crises de SCI, mas antes aos problemas que já tinha antes da doença, ou seja, não tenho dores abdominais fortes nem tonturas, apesar de o intestino ficar desregulado.

    Pode ser simplesmente uma sorte temporária, mas prefiro acreditar que estou curada.

    A idade não me fez aceitar que temos de adequar a nossa vida a um mundo cheio de problemas e verdades que colhem consensos e que acreditar que ele pode ser mudado com a nossa ajuda deve ser algo sentido apenas durante a adolescência. ¿Ingenuidade? ¿Imaturidade? Talvez. Eu prefiro chamar-lhe simplesmente vida.

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