Apenas desejam ajudar e aliviar o sofrimento daquele que amam e, perante a impotência e falta de esperança que sentem perante o seu estado, convencem-se de que o stress é o grande culpado e querem convencê-lo do mesmo.
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| Créditos: David Castillo Dominici / FreeDigitalPhotos.net |
Mal sabem que isso gera no doente mais stress, ansiedade e, sobretudo, culpa. Com efeito, até nos dias mais felizes e tranquilos os sintomas arrombam a nossa porta.
Não conseguem enxergar que o nosso corpo passou a ter manifestações e dores novas, muito para além do qualquer manifestação de stress já conhecida e, ao quererem estender-nos a mão, estão simplesmente a afastar-nos, dado que concordar que o stress está na causa de tudo seria admitirmos que existe um louco no espelho.
Sim, trata-se de uma doença psicossomática, logo, quem fala em stress não está totalmente errado, mas também não está totalmente certo.
Como perante todos os problemas, o passado e o presente pouco interessam. O futuro requer entrega e silêncio. Abrace um doente com síndrome de cólon irritável vezes sem conta em silêncio. A sua força e apoio poderão inspirá-lo a procurar forças dentro dele próprio, em vez de se agarrar aos sintomas para provar que está certo contra a injustiça das palavras de outros.
Ponha a bola no lado do doente. Você estará lá para o que for preciso, mas deixe-o chegar à inevitabilidade de procurar uma solução real ao seu ritmo. Eventualmente sugira métodos de ajuda, curas alternativas ou conte-lhe histórias de sucesso, mas nunca lhe repita para controlar o stress por forma a diminuir os sintomas. Nunca ninguém ficou calmo apenas porque alguém lhe disse para controlar o stress e os doentes de síndrome de cólon irritável não são exceção.
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