• ¿Porquê admitir?

    Sou uma jornalista freelancer – duas palavras que durante muito tempo encarei como incompatíveis com a SCI – que acredita no poder humano aliado ao divino para fazer impossíveis.

    Sou também uma mulher que perdeu o receio das consequências de admitir uma doença, porque mais sexy do que o nosso corpo será sempre a forma como encaramos o nosso lado menos sexy.

    Após ter aprendido a viver com uma condição médica como a SCI sem prescindir dos meus sonhos, percebi o quão forte esta síndrome me tinha tornado. Quando alguém enfrenta os contratempos da vida no meio de fraquezas físicas e receios vários, consegue enfrentar muita coisa. É aquilo que chamo de “fator Cristiano Ronaldo”, porque se ele é um dos melhores jogadores de futebol do mundo deve-o sobretudo ao seu trabalho árduo, coragem e convicção. Quando os seus colegas iam descansar no final de um dia de treino, ele regressava ao ginásio e colocava pesos em torno dos tornozelos e tentava dar toques na bola dessa forma, de modo que na hora de realmente entrar em campo (sem os pesos), tinha muito mais força nos pés. É essa força que alguém com SCI descobre quando decide enfrentá-la e isso, só por si, é digno da melhor bola de ouro.

    Hoje estou livre das amarras que me prenderam durante anos e preparada para encarar qualquer situação que me volte a limitar a liberdade.

    Amo escrever e acredito que parte da minha missão passa por desafiar os outros com as minhas palavras num sentido construtivo. Embora me custe admiti-lo, receio que Deus use o que me acontece para ter material para escrever e, nesse sentido, não poderia deixar de escrever sobre uma das minhas maiores vitórias, aquela que venceu a SCI.

    Como sei o que é viver com esta condição médica, pretendo ir prestando informações que possam ajudar outras pessoas a enfrentarem a SCI.

    Resta-me ressalvar que não tenho conhecimentos médicos e que tudo o que escrevo resulta de experiências pessoais e de informações obtidas, de modo que qualquer sugestão de terapia deva ser debatida com o seu médico à luz do seu histórico clínico. Há medicamentos e terapias que podem ser-lhe gravemente prejudiciais se, por exemplo, for alérgico a alguma substância ou se tem outros problemas de saúde (já descobertos ou por descobrir). É também para me afastar de qualquer estilo médico e para chegar ao maior número possível de pessoas que escrevo com linguagem simples.

    Cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa, pelo que não desejo que faça da minha experiência a sua, mas que construa o seu próprio final feliz. ¡Estamos juntos!

    Qualquer dúvida, contacte-me através do meu email e tentarei responder o mais rápido possível: andreiangr@gmail.com

    ¡Terei o maior prazer em falar consigo! ¡Obrigada!


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